Quando George Russell, piloto da Mercedes cruzou a linha de chegada do Grande Prêmio de Singapura 2025 na noite de , ele não só garantiu a vitória, como também manteve viva a disputa pelo título de construtores.
A corrida aconteceu no icônico circuito de Marina Bay, um traçado de 4,927 km que exige nervos de aço e estratégia afinada. Para quem acompanha a temporada, o GP de Singapura foi o primeiro da reta final fora da Europa, marcando o início de uma sequência decisiva de sete corridas.
Contexto da temporada 2025
Até o sábado que antecedeu a corrida, a McLaren liderava o campeonato de construtores com 632 pontos, seguida de longe pela Mercedes (290) e pela Ferrari (286). No duelo de pilotos, Oscar Piastri comandava a tabela com 324 pontos, embora não tenha terminado a corrida de Abu Dhabi, a prova anterior.
Era, portanto, um cenário onde cada ponto extra poderia mudar o destino da temporada. O título de construtores ainda era uma incógnita: a McLaren poderia confirmar seu domínio já no GP do Azerbaijão, mas a Red Bull ainda guardava cartas na manga.
Desenvolvimento da corrida em Marina Bay
O fim de semana começou na sexta‑feira, 3 de outubro, com o Treino Livre 1 às 6h30 (horário de Brasília). O clima úmido já deixava a pista escorregadia, forçando equipes a ajustarem a carga aerodinâmica. No sábado, a sessão de qualificação às 10h viu Lewis Hamilton bater a volta mais rápida da história do circuito – 1:33.808 – estabelecendo o novo recorde que ainda perdura.
Mas quem saiu na frente foi Max Verstappen, da Red Bull Racing, que garantiu a pole position com 1:34,123. Ainda assim, a estratégia de parada nos boxes fez toda a diferença. A Mercedes optou por duas paradas mais curtas, permitindo que Russell ganhasse terreno nos últimos 15 minutos.
Ao cruzar a linha de chegada, Russell completou a prova em 1:40:22.367, 5,430 segundos à frente de Verstappen. Logo atrás, Lando Norris garantiu o terceiro pódio para a McLaren, com a mesma diferença de 6,066 segundos do vencedor.
Classificação e pontuação
- 1º – George Russell (Mercedes) – 25 pontos
- 2º – Max Verstappen (Red Bull Racing) – 18 pontos
- 3º – Lando Norris (McLaren) – 15 pontos
- 4º – Oscar Piastri (McLaren) – 12 pontos
- 5º – Kimi Antonelli (McLaren) – 10 pontos
Com esses números, a diferença entre Mercedes e McLaren no campeonato de construtores diminuiu para 342 pontos, ainda grande, mas já sinalizando que a corrida ainda tem trechos emocionantes pela frente.

Reações das equipes e dos pilotos
"Foi uma corrida sobre gestão de risco e confiança no carro", comentou Toto Wolff, chefe da Mercedes, em entrevista pós‑prova. "A estratégia foi correta, mas ainda precisamos de consistência nas próximas etapas."
Do outro lado, Andreas Seidl, diretor técnico da McLaren, admitiu que a equipe "ficou desapontada com a corrida de Russell, mas temos que focar nos próximos pontos". Ele ainda destacou o desempenho de Norris, que "mostrou que pode lutar por cada posição, mesmo em pistas desafiadoras como Marina Bay".
Já Christian Horner, chefe da Red Bull, lembrou que "a temporada ainda está aberta, e cada ponto conta. Verstappen está em ótima forma, mas a luta será dura".
Próximos passos da temporada
Após o GP de Singapura, o calendário segue para o Grande Prêmio dos Estados Unidos em Austin, programado para 17‑19 de outubro. A corrida sprint, que será disputada em 18 de outubro, pode mudar ainda mais o panorama da classificação.
Em seguida, o Grande Prêmio da Cidade do México está marcado para 26 de outubro, oferecendo outra oportunidade para equipes que ainda buscam fechar o déficit.
Com sete corridas restantes, a batalha por piloto e construtor promete momentos de alta tensão. Até o último milésimo de segundo, tudo pode acontecer.

Antecedentes do GP de Singapura
O circuito de Marina Bay recebeu seu primeiro Grande Prêmio em 2008, tornando‑se um dos poucos eventos noturnos do calendário. Desde então, a pista tem sido palco de reviravoltas dramáticas – lembram‑se das estreias de Hamilton em 2012 ou da vitória surpreendente de Sebastian Vettel em 2013?
O fato de ser um circuito noturno também traz desafios únicos: as temperaturas caem ao longo da noite, mas a umidade permanece alta, exigindo dos times um constante ajuste de temperaturas dos pneus e da pressão dos freios.
Historicamente, a corrida tem sido decisiva nas últimas rodadas de temporada; alguns títulos de construtores foram definidos aqui, como o campeonato de 2014, quando a Mercedes consolidou sua supremacia.
Perguntas Frequentes
Como a vitória de Russell afeta a disputa pelo título de construtores?
A vitória rende 25 pontos à Mercedes, reduzindo a diferença com a McLaren para 342 pontos. Ainda é um grande abismo, mas a pontuação extra pode ser crucial nos últimos três finais de semana.
Quem lidera o campeonato de pilotos após Singapura?
Oscar Piastri mantém a liderança com 324 pontos, mesmo sem ter concluído a corrida anterior. Lando Norris segue próximo, com 299 pontos, enquanto Verstappen permanece em terceiro com 255.
Quais são as principais diferenças entre o GP de Singapura e outras pistas?
Marina Bay é noturna, tem alta umidade e longas retas de baixa velocidade, obrigando as equipes a priorizarem a aderência dos pneus e a gestão do desgaste dos freios. Isso difere de circuitos como Monza, onde a velocidade máxima predomina.
O que esperar do próximo GP nos Estados Unidos?
Austin traz um traçado rápido e técnicas de corrida agressivas. A corrida sprint de 18 de outubro pode redistribuir pontos, beneficiando quem conseguir um bom desempenho nas duas sessões curtas.
Qual é o recorde de volta mais rápida em Marina Bay?
O recorde atual é de 1:33.808, estabelecido por Lewis Hamilton durante a qualificação de 2025.