
Empate com gosto amargo e liderança mantida
O Goiás não teve vida fácil no último jogo do primeiro turno da Série B. Encarou um Remo que soube explorar as falhas do adversário e saiu na frente, aumentando a pressão sobre o time esmeraldino. Mesmo assim, a equipe comandada por Vagner Mancini conseguiu buscar o empate em 1 a 1 graças ao gol de Anselmo Ramon. O time ainda desperdiçou um pênalti e outras boas chances, o que alimentou a sensação de que a vitória poderia ter vindo, não fosse a falta de pontaria na finalização.
Mancini não poupou elogios à luta do elenco. Segundo ele, "faltou o detalhe do último toque" para transformar as oportunidades criadas em gol, mas, diante das dificuldades e da competitividade da Série B, o ponto conquistado precisa ser valorizado. Os 37 pontos em 19 partidas colocam o Goiás no topo da tabela no fim da primeira metade da competição, fazendo do acesso cada vez mais uma possibilidade real.
Tática posta à prova e pressão para o segundo turno
Se Mancini elogiou a criatividade, não faltaram críticas ao posicionamento defensivo da equipe. Analistas não perdoaram o uso prolongado da linha alta de defesa, que deixou o Goiás exposto nos contra-ataques do Remo. Essa escolha quase custou caro, já que o adversário conseguiu chegar algumas vezes com perigo e abriu o placar justamente em uma situação desse tipo. A estratégia abriu um debate nos bastidores: vale a pena manter esse estilo diante de times rápidos e que jogam por uma bola?
O próprio treinador admitiu que o ajuste tático será fundamental para a sequência do campeonato. Com a retomada da Série B, o Goiás já tem data marcada para o reencontro com a torcida: encara o Amazonas no dia 2 de agosto, e depois, pega o Operário-PR e Vila Nova, adversário direto na briga pelo G4. Para Mancini, não adianta comemorar o simbólico título do turno se o desempenho cair no momento decisivo.
- 11 vitórias conquistadas
- 4 empates
- 4 derrotas
- 24 gols marcados
- 15 gols sofridos
- 64% de aproveitamento
Esses números mostram a solidez do Goiás até aqui, mas a oscilação preocupa. Não basta jogar bem, é preciso ser mais eficiente na frente do gol. Afinal, o grande objetivo é garantir o retorno à elite—e, de quebra, uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil de 2026. A margem de erro na reta final é mínima, e todo jogo vira decisão. A expectativa é de casa cheia e pressão redobrada contra o Amazonas, onde a vitória será fundamental para manter o ânimo e provar que a equipe está pronta para as batalhas mais duras da Série B.
O Goiás segue como referência no campeonato, mas sabe que cada ponto vai custar caro nessa caminhada final. O segundo turno promete equilíbrio e muita disputa, com os ajustes táticos de Mancini no foco das atenções. Resta saber se a equipe aproveitará as lições do turno inicial e transformará o protagonismo de agora em festa verde no fim da temporada.
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