Xi Jinping Propõe Uso da Inteligência Artificial para Todos no G20

Xi Jinping Propõe Uso da Inteligência Artificial para Todos no G20

19 nov 2024

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Tecnologia

O Presidente da China, Xi Jinping, utilizou a plataforma global da 19ª Cúpula do G20 no Rio de Janeiro para lançar um forte apelo aos líderes mundiais. Em sua declaração, ele destacou a importância de assegurar que os benefícios da inteligência artificial (IA) não sejam privilégio apenas dos países mais ricos. Xi pediu a inclusão de nações menos favorecidas nas estratégias de IA dos países do G20 e reiterou a necessidade de uma cooperação global fortalecida.

Durante os 16 anos de existência do fórum, o G20 tem sido um palco fundamental para lidar com crises globais, e Xi apontou o sucesso dessas iniciativas como um exemplo de como a colaboração internacional pode trazer mudanças positivas. Ele enfatizou que, diante da revolução tecnológica em curso, a IA pode ser uma ferramenta poderosa para o bem comum, desde que utilizada de maneira justa e inclusiva. O presidente sugeriu que os responsáveis pelo setor digital nas nações do G20 deveriam liderar estratégias de transformação, integrando economias digitais e reais, e abrindo caminho para a regulamentação das tecnologias emergentes.

Uma preocupação central no discurso de Xi foi a necessidade de melhorar a governança digital global. Ele chamou a atenção para o papel fundamental da cooperação internacional em IA, para que sua implementação resulte em benefícios amplos. A China, conforme destacou Xi, tem desempenhado um papel líder nesse contexto, com eventos significativos que buscam promover a colaboração e a capacitação internacional em IA, culminando na proposta de uma resolução na Assembleia Geral da ONU.

Outro ponto significativo do discurso de Xi foi sua crítica às políticas comerciais vigentes nos Estados Unidos. Ele defendeu uma economia global mais aberta, criticando o unilateralismo e o protecionismo que, segundo ele, comprometem o crescimento econômico sustentável. Xi propôs reformas na Organização Mundial do Comércio para evitar a politização das questões econômicas, a fragmentação do mercado global e práticas protecionistas, que, muitas vezes, são justificadas pela busca por um desenvolvimento verde e de baixo carbono.

Além de suas declarações sobre governança e economia, o presidente chinês discutiu acordos de cooperação da China, como o pacto com a Indonésia que visa tornar as cadeias de suprimentos mais resilientes e estáveis. Este acordo enfatiza parcerias mais equitativas, inclusivas e construtivas, refletindo a disposição da China de estreitar laços e apoiar o Conselho de Segurança da ONU na proteção global. As medidas de Xi incluem a iniciativa "Open Science International Cooperation Initiative", desenvolvida em parceria com o Brasil, a África do Sul e a União Africana, que visa garantir que os avanços tecnológicos beneficiem as nações menos desenvolvidas.

No lado das relações bilaterais, Xi também se reuniu com líderes do Reino Unido e da Austrália, discutindo maneiras de fortalecer os laços e abordando questões como preocupações com direitos humanos. Após a cúpula, Xi fará uma visita oficial ao Brasil, celebrando os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Essa visita simboliza não apenas a continuidade dos laços amistosos, mas também a expansão das parcerias em diversos âmbitos, reforçando os compromissos assumidos na Cúpula do G20.

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