Vale Tudo 2025: Quando Odete Roitman vai morrer no remake?

Vale Tudo 2025: Quando Odete Roitman vai morrer no remake?

Desde que a versão revisitada de Vale Tudo 2025 estreou em 31 de março, a pergunta que não sai da boca do público é: quando Odete Roitman vai morrer? No original da Globo, o assassinato da vilã – interpretada por Beatriz Segall – aconteceu no episódio 193, em 24 de dezembro de 1988, e literalmente parou o país. Hoje, com Débora Bloch vestindo a roupa da infame magnata, o suspense reacende, mas o caminho até o desfecho parece mais tortuoso.

O que mudou e por que isso incomoda

A nova produção, comandada por Manuela Dias e dirigida por Paulo Silvestrini, tentou modernizar a trama para a audiência de 2025. Entre as novidades, surgiram subenredos que pouco têm a ver com o duelo de poder que definia o clássico: tráfico de animais, vício em apostas, diabetes, burnout e até leucemia. Críticos apontam que essas linhas paralelas funcionam como “cenas avulsas” e diluem a tensão central.

Além das temáticas extras, a própria caracterização de Odete sofreu mudanças radicais. Enquanto a versão original mostrava uma mulher fria, calculista e implacável, a nova Odete se casa com César (Cauã Reymond), descrito como um gigolô, e o nomeia seu principal herdeiro. Essa escolha deixa muitos fãs céticos, pois foge ao perfil de quem sempre manipulou tudo à distância.

Rivalidades e cenas que lembram comédia

Rivalidades e cenas que lembram comédia

Outro ponto de atrito é a disputa entre Odete e Marco Aurélio (Alexandre Nero). No passado, o embate era um jogo de psicologia, cheio de traições e reviravoltas. Agora, a trama parece mais uma “comédia de erros”, com diálogos que mais divertem do que provocam medo.

Para complicar ainda mais, surgiram os famosos “reborn babies”, bebês que “renascem” após uma tragédia. Essa adição foi rotulada como uma das mais absurdas e acabou gerando piadas nas redes sociais, mas também apontou para a tentativa da série de inserir surpresa a cada curva.

O elenco também gerou burburinho. Pedro Waddington, filho da atriz Helena Ranaldi e ex‑diretor da Globo, entrou como neto de Odete. O termo “nepobaby” pegou nas redes, mas o próprio diretor elogiou a performance de Waddington, dizendo que ele trouxe “uma energia inesperada” ao personagem.

Mesmo com as críticas, há quem defenda a ousadia de Manuela Dias. Argumentam que atualizar a narrativa para incluir questões contemporâneas – como saúde mental e dependência – pode atrair um público diferente, que não viveu a febre dos anos 80.

Entretanto, o ponto central da discussão permanece: a morte de Odete ainda terá o mesmo peso cultural? Na versão original, a identidade do assassino (Leila, que atirou por ciúmes) alimentou debates em cafés, programas de rádio e nas redondezas do país durante treze dias. Se o remake alterar o responsável ou a forma como a cena ocorre, corre o risco de perder esse efeito dominó.

Até agora, os roteiristas não revelaram em que episódio a trama culminará. Alguns fãs especulam que o desfecho pode acontecer antes da reta final da temporada, para evitar que a história se arraste. Outros temem que o autor da morte seja novamente um personagem inesperado, talvez até um dos novos vilões introduzidos nos subplots.

Enquanto as especulações circulam, a audiência permanece dividida. Um lado celebra a coragem de romper com o passado, enquanto o outro clama por respeito à fórmula que fez a novela um marco da TV brasileira.

Resta aguardar para ver se o remake conseguirá criar um momento tão marcante quanto o da 1988, ou se a morte de Odete Roitman será apenas mais um capítulo na lista de mudanças controversas da nova produção.